terça-feira, abril 28, 2009

Nesta quarta (29), além de "Operação-Padrão", Servidores do Judiciário paulista paralisam atividades


por Sylvio Micelli / Assetj

Dando continuidade à Campanha Salarial 2009, os servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo realizam nesta quarta, dia 29 de abril, nova "Operação Padrão". Diferente do que ocorreu na semana passada, quando a medida foi tomada durante todo expediente, o indicativo das entidades representativas de Servidores é de que, nesta quarta, ocorra a paralisação das atividades por uma hora em repúdio ao não cumprimento da data-base e à não abertura de negociação.

Até esta segunda, dia 27, o Tribunal de Justiça paulista permanecia calado, desde a última reunião ocorrida há duas semanas. Nenhuma proposta foi oferecida e nem mesmo uma outra reunião chegou a ser marcada ou confirmada pela assessoria do TJ.

A Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (Assetj), por meio de seu presidente, José Gozze e do 1º secretário e diretor de Imprensa, Sylvio Micelli, participou do programa "Comissões da OAB", na última quinta, dia 23. O programa é apresentado pelo advogado Paulo Murad na allTV, emissora exclusiva para a Internet.

Segundo José Gozze, presidente da Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a "Operação Padrão" é uma forma de pressionar o Poder Judiciário a tomar medidas efetivas em respeito ao cumprimento da data-base da categoria, vencida em 1º de março passado, bem como abrir negociações sobre os demais itens da pauta de reivindicações da categoria.

Para ele, "não se trata de uma retaliação. É apenas um alerta e estamos orientando nossos servidores a proceder de forma padrão para que os advogados e a sociedade estejam cientes das nossas necessidades, da precariedade das condições de trabalho e do descaso que o TJ tem tratado a situação".

Segundo Gozze é "inaceitável" ter ocorrido uma reunião no último dia 14, depois de tanto tempo, sem que houvesse por parte do maior Judiciário do país uma proposta de reposição salarial aos 55 mil servidores.

Questionado sobre a possibilidade de greve na categoria, a exemplo das ocorridas em 2001 e 2004, Gozze foi enfático. "Isso só ocorrerá se o TJ cometer o mesmo equívoco de cinco anos atrás. Greve é ruim para todos, mas diante do descaso, pode ser a única alternativa que restará ao servidor. Uma coisa é certa: se houver greve é de total responsabilidade do Judiciário paulista". Além da "Operação-Padrão" (veja como proceder abaixo), a paralisação está prevista para ocorrer às 14 horas, mas o horário poderá ser ajustado a critério de cada comarca/prédio.


VOCÊ ESTÁ CONVOCADO! OPERAÇÃO PADRÃO
Campanha Salarial 2009

COMO PROCEDER???

- Não faça nada às pressas.

- Siga as normas e legislações existentes.

- Exerça apenas a sua função.

- Não trabalhe por dois ou três, em razão da falta de funcionários.

- Não faça horário extraordinário.

- No balcão atenda somente uma pessoa por vez.

- Peça ao advogado, estagiário ou parte que se identifique.

- Utilize apenas equipamentos do cartório para trabalhar. Não use equipamento próprio.


Informe aos advogados a razão da operação padrão, fale principalmente:

- das condições de trabalho;

- do plano de cargos e carreira que está há quase cinco anos na Assembléia Legislativa;

- da defasagem salarial frente a inflação que é de 14,69%;

- alerte que não é aumento, é reposição da inflação (art. 40 inc. X da C F);

- do calote oficial do Poder Judiciário pelo não pagamento das FAM'S, licença prêmio e férias não gozadas;

- do calote oficial do Poder Executivo pelo não pagamento dos Precatórios Alimentares;

- dos descontos indevidos da greve passada.

ESSA É UMA LUTA DE TODOS!
FAÇA SUA PARTE!
VAMOS À LUTA, SERVIDOR DO JUDICIÁRIO!

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